segunda-feira, 13 de abril de 2009

A IGREJA DE TESSALÔNICA E A BUSCA PELA LIBERDADE

TESSALÔNICA – ORIGEM


O Nome da cidade veio de uma irmã de Alexandre Magno – O Grande, em decorrência do general Cassandro, ter se casado com ela. O mesmo a homenageou fundando essa cidade com o nome de sua amada (chamada Tessaloniké). Ela era a capital da PROVÍNCIA romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. Paulo pregou ali (At. 17.1-9).


O CONTEXTO SOCIAL

Do texto lido e apreciado como a palavra de Deus, e extraído das escrituras sagradas podemos depreender que o povo clamava e sofria por falta de uma política igualitária de distribuição de terras, sem direito a reclamar vivendo de forma totalmente injusta. A maior parte da população ficava com a menor parte das riquezas, gerando assim fome, desemprego, prostituição. Em contrapartida os “bem nascidos” ou favorecidos (grandes comerciantes, membros do Senado, militares, agropecuários, e até mesmo judeus), possuíam grande parte dos lucros.
Tessalônica foi uma cidade muito próspera e rentável, pois abrigava as melhores estradas, portos, sistemas agropecuários, bem como extrativismo de minerais. Uma cidade, que aos olhos de muitos era uma mina de ouro, capitalisticamente falando. Daí a razão de se encontrar vários povos diferentes, línguas e nações, que como “colonizadores” buscavam uma fatia do queijo. Isso gerou muitos problemas, pois só quem tinha cabedal poderia se beneficiar de tão grandes fortunas.
O resto da população ficava a margem de tudo, sobrando apenas cargos como estivadores, lavadeiras, biscateiros e escravos, sendo um trabalho pesado, duro, até cansar, isto é, muito fatigoso, gerando muita revolta.


O CONTEXTO RELIGIOSO

Como existiam vários povos de diferentes tribos, povos e nações a cidade foi invadida por um sincretismo, pois cada um seja ele italiano, grego, romano, sírio ou outro cultuavam seus deuses. A exemplo disso podemos citar deus Cabiros, que era “analogicamente” semelhante a Cristo, pois ele servia como um elemento que seria responsável pela paz nos corações de almas perdidas. No caminhar do texto, percebemos que os ricos começaram a interessar-se por ele, e assim a população marginalizada ficou sem ter em que crer.
Então surgem três evangelizadores: Paulo, Silvano e Timóteo, que com bastante ousadia e coragem entram nessa cidade sem ter medo de se furar, pregando o evangelho, que é o poder para a salvação daquele que crê em Cristo como Senhor e Salvador de sua vida. Eles estavam dentro de uma colméia de abelhas!

A IGREJA DE TESSALÔNICA E A PERSEGUIÇÃO

A população fica triste e estéril sem ter em quem acreditar, mas ao conhecer os missionários, reacende a esperança, e dessa vez no verdadeiro Deus. Eles começam a frutificar, e multiplicam-se, ganhando uma fé que não é abalada tão facilmente resistindo a toda sorte de perseguições que os assolavam. Paulo e seus companheiros de ministério admoestavam os mesmos a continuarem firmes nas promessas reveladas pelo filho de Deus, onde um dia o Senhor Jesus, filho de Davi os iria buscar para enxugar toda a lágrima de seus olhos, com uma vida eterna e sem dor.
Porém o estado não era laico, e, portanto, o deus cultuado pelo imperador tinha que ser cultuado por todos, pois isso gerava lucros para a cora, para os pró-cônsules, magistrados, e ainda assim era uma forma de dominação: TODOS DEVEM ADORAR O DEUS DO IMPERADOR! Missão dificílima para os nossos irmãos, não é verdade?
Mesmo com tantas barreiras, em meio a tempestades, os irmãos de Tessalônica resistiram bravamente, através do exemplo de Paulo, Silvano e Timóteo, e puderam através de orações incansáveis pedir o sustento de Deus, trabalhando, entendendo-se uns aos outros, mostrando uma fraternalidade em meio a dor.


TESSALÔNICA E OS DIAS ATUAIS

Essa história de Tessalônica nos faz lembrar dos nossos dias atuais não é verdade?
Tanta fome e miséria assolam o nosso povo, pessoas sem casas, dormindo em calçadas sem perspectivas de um amanhã melhor. Prostituição, favelas, barracos... Frutos de uma distribuição de terra irregular, onde pessoas ficam a margem de uma sociedade tida como democrática. Que democracia é essa em que a maioria detém os melhores recursos financeiros e outros têm a calçada como berço!
O nosso desafio como cristãos é de assim como a igreja de Tessalônica, lutar, trabalhar, crendo em Deus como aquele que é o EU SOU, e que nos consolará de toda tristeza. Não devemos parar, pois isso não nos fará passar na prova que o Senhor está nos dirigindo.
Eia! Avante soldados de Cristo! Não adoremos outros deuses e sim aquele que criou os céus e a terra, e que nos formou dando o sopro de vida do qual tanto necessitamos.

Autor:
Eduardo Gomes

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